Instrução do Grau 11: Gilles Deleuze
Inspetoria Litúrgica do Estado da Paraíba – 1ª Região
0225 - LOJA DE PERFEIÇÃO PAZ E AMOR
FUNDADA
EM 11 DE ABRIL DE 1972
CAMPINA
GRANDE - PARAÍBA
Grau 11 – Uma visão ética e transformadora inspirada em
Gilles Deleuze
Neste
grau, o iniciado é chamado a alcançar um novo nível de consciência e
responsabilidade, assumindo o papel de guardião da justiça e da verdade. Não se
trata apenas de aplicar regras ou punir o erro, mas de desenvolver
sensibilidade, discernimento e coragem para enfrentar a hipocrisia — inclusive
aquela que se esconde dentro das estruturas que deveriam proteger a verdade.
Essa
perspectiva pode ser iluminada pela filosofia de Gilles Deleuze, que propõe uma
ética voltada à afirmação da vida, à criação de novos valores e à resistência
contra sistemas que tentam nos enquadrar e limitar. Em vez de seguir normas
fixas e universais, ele convida a uma atitude criativa, capaz de se adaptar à
complexidade da vida e de se reinventar continuamente diante dos desafios
morais.
A justiça como prática viva
No
contexto do Grau 11, a justiça não é cega — ela precisa ver com clareza onde
está o erro, mesmo quando ele se apresenta disfarçado de virtude. O Sublime
Cavaleiro é chamado a agir com firmeza, mas também com sensibilidade,
percebendo que nem sempre o certo e o errado estão onde se espera. A verdadeira
justiça nasce do discernimento e da abertura para o novo, não de uma obediência
cega às regras.
Criar valores, não apenas seguir regras
O
iniciado neste grau é mais do que um defensor da moral tradicional: ele se
torna alguém capaz de questionar o que está posto e propor caminhos mais
justos. Essa atitude exige coragem, pois implica desafiar estruturas
estabelecidas — inclusive as que ele próprio integra. Ao fazer isso, o
Cavaleiro participa da construção de uma ética viva, moldada pela realidade que
o cerca e pela escuta atenta de sua própria consciência.
Por
enquanto
O
Grau 11 do REAA nos inspira a pensar a justiça como algo em constante transformação.
O Sublime Cavaleiro Eleito não se contenta com respostas prontas — ele busca,
investiga, questiona e cria. A ética que se propõe aqui é uma prática diária de
vigilância, de escuta interior e de reinvenção, sempre em favor de uma
convivência mais verdadeira e humana.
Que
possamos, como Sublimes Cavaleiros, cultivar essa ética da transformação,
atentos às injustiças do mundo e também às que, silenciosas, podem habitar
nossos próprios pensamentos e atitudes.
Hiran de Melo – Presidente da Excelsa Loja de
Perfeição “Paz e Amor”, corpo filosófico da Inspetoria Litúrgica do Estado da
Paraíba, Primeira Região, do Supremo Conselho do Grau 33 do REAA
da Maçonaria para a República Federativa do Brasil.
Anexo
Descrição da Ilustração
A
ilustração apresentada busca visualmente aprofundar os conceitos da filosofia
de Gilles Deleuze no contexto do "Grau 11". Ela retrata a justiça não
como um conjunto estático de regras, mas como um processo dinâmico e contínuo
de criação e reinvenção de valores.
No
centro da imagem, diversas formas interconectadas e em movimento simbolizam a
fluidez e a constante evolução da justiça. Entrelaçados nesse ambiente
dinâmico, indivíduos de diferentes etnias e expressões faciais estão em ação,
representando a natureza colaborativa e participativa da construção de uma
ética viva.
A imagem é preenchida com cores vibrantes, transmitindo a energia e o dinamismo dessa prática viva. A composição, que mescla elementos de surrealismo e design gráfico, evoca as ideias de Deleuze sobre a diferença e o devir, enfatizando a resistência contra estruturas limitantes. O objetivo é transmitir uma sensação de criação e evolução ininterrupta na busca por uma convivência mais verdadeira e humana.
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