Instrução do Grau 12: Friedrich Nietzsche

Inspetoria Litúrgica do Estado da Paraíba – 1ª Região

0225 - LOJA DE PERFEIÇÃO PAZ E AMOR

FUNDADA EM 11 DE ABRIL DE 1972

CAMPINA GRANDE -  PARAÍBA

 

Grau 12 – Uma leitura inspirada na filosofia de Friedrich Nietzsche

 

O pensador alemão do século XIX defendia uma ideia poderosa: o ser humano deve se tornar quem realmente é, criar seus próprios valores e superar as limitações impostas por tradições que o enfraquecem. Ele exaltava a vida, a criatividade e a liberdade interior como caminhos para uma existência plena.

 

1. Do Guardião da Lei ao Criador Consciente

 

“O maçom deixa de ser apenas um guardião da Lei e se torna um criador consciente”.

 

Essa transformação lembra a passagem do homem que apenas repete regras para aquele que ousa reinventar os próprios caminhos. É a coragem de abandonar o conforto da obediência cega e trilhar a via da consciência ativa.

 

No Grau 12, o maçom começa a agir não porque deve, mas porque compreende e escolhe. É um salto em direção à liberdade de ser — algo profundamente valorizado pela filosofia que inspira esta leitura.

 

2. Construir a Si Mesmo

 

“Construir, aqui, é um símbolo de algo maior: construir a si mesmo…”

 

A vida é vista como uma obra de arte em constante criação. Tornar-se quem se é significa esculpir a própria alma com autenticidade e esforço.

 

Nesse estágio, o maçom se torna artesão de si mesmo. Ele não se molda a modelos prontos — ele cria a própria forma, a partir de sua verdade interior.

 

3. Beleza, Proporção, Ordem

 

A geometria, a proporção, a ordem e a beleza [...] devem existir dentro de nós”.

 

A verdadeira beleza não é estática nem decorativa — ela nasce da luta, da disciplina e do desejo de dar forma ao caos com propósito. Assim como um arquiteto usa os elementos do mundo para criar algo harmonioso, o iniciado organiza seus pensamentos, sentimentos e ações com equilíbrio e intenção.

 

4. Razão e Espiritualidade

 

“O conhecimento verdadeiro não separa razão e fé. Une ciência e espiritualidade”.

 

Aqui, não se trata de negar a espiritualidade, mas de vivê-la com os pés na terra e os olhos bem abertos. Uma fé que dialoga com a razão, que não teme o mundo, mas o abraça com sabedoria.

 

Esse é o espírito do Grau 12: uma busca pelo sagrado que nasce da vida real, sem ilusões nem fugas — apenas presença, verdade e profundidade.

 

5. Responsabilidade como Criador

 

Cada palavra, gesto e escolha são como pedras colocadas na construção do seu próprio templo interior”.

 

Essa imagem resume bem o ideal do “além-do-homem”: alguém que assume plena responsabilidade por si mesmo, que constrói com consciência, ética e beleza.

 

O Grande Mestre Arquiteto não espera ordens — ele projeta, decide, realiza. Ele é ao mesmo tempo obra e autor de sua existência.

 

Por enquanto

 

O Grau 12 sinaliza uma virada: o momento em que o maçom deixa de apenas seguir e começa a criar. A vida, então, torna-se arte — e essa arte exige coragem, clareza e compromisso com o que é verdadeiro.

 

É o nascimento de um ser humano mais forte, lúcido e criativo, que não teme a vida, mas a transforma com intenção e sentido.

 

Hiran de Melo – Presidente da Excelsa Loja de Perfeição “Paz e Amor”, corpo filosófico da Inspetoria Litúrgica do Estado da Paraíba, Primeira Região, do Supremo Conselho do Grau 33 do REAA da Maçonaria para a República Federativa do Brasil.

 

Anexo

 

Descrição da Ilustração

 

No centro da imagem, uma figura imponente, banhada por uma luz dourada e vibrante, destaca-se contra um fundo complexo de planos arquitetônicos. A sua postura é de força e determinação, com as mãos estendidas como se moldasse ativamente o mundo ao seu redor.

 

A cena é rica em detalhes, com linhas e formas geométricas que se entrelaçam com elementos orgânicos, criando uma sensação de equilíbrio entre razão e espírito.

 

A paleta de cores, predominantemente quente, evoca uma atmosfera de criatividade e liberdade, enquanto a luz dourada que envolve a figura central enfatiza a sua individualidade e busca pela autenticidade. É uma representação visual da capacidade humana de criar e transformar, de encontrar beleza na ordem e de expressar a sua verdade interior.

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