Essencial e Fundamental - Um Chamado à Consciência Maçônica

Por Hiran de Melo

Irmãos, em nossa jornada pela senda da Luz, somos constantemente convidados a distinguir entre o que é aparente e o que é verdadeiro, entre o que reluz e o que ilumina. Mário Sérgio Cortella, pensador atento aos movimentos da alma humana, nos propõe uma distinção que ressoa profundamente com os princípios da Maçonaria: a diferença entre o essencial e o fundamental.

O essencial, para nós, é aquilo que sustenta o espírito: a busca pela verdade, o cultivo da fraternidade, o compromisso com a justiça e o aperfeiçoamento moral. São os pilares invisíveis que sustentam o Templo interior. Sem eles, a construção é vã, por mais sólida que pareça.

O fundamental, por sua vez, são os instrumentos que nos permitem alcançar o essencial. Os rituais, os símbolos, os estudos, os encontros em Loja — tudo isso é fundamental. Mas não são fins em si. São meios sagrados, sim, mas meios. O esquadro e o compasso não são a sabedoria, mas apontam para ela.

Essa distinção é mais do que filosófica — é prática e urgente. Quantas vezes nos perdemos nos detalhes do ofício, esquecendo o propósito maior? Quantas vezes o zelo pela forma nos afasta da essência do gesto fraterno? Cortella nos convida a lembrar: o essencial não pode faltar. O fundamental pode mudar, adaptar-se, evoluir — desde que continue servindo ao essencial.

Que essa reflexão nos toque com suavidade, mas também com firmeza. Que ela nos inspire a olhar para dentro e perguntar: estou construindo meu Templo interior com pedras essenciais ou apenas acumulando ferramentas?

A Maçonaria não é um fim — é um caminho. E como todo caminho verdadeiro, ele nos conduz ao que é essencial: o ser humano em sua plenitude, em sua liberdade, em sua luz.

Recomendo:

https://www.youtube.com/watch?v=Z7eUx9MwLyM

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog