Essencial e Fundamental - Um Chamado
à Consciência Maçônica
Por Hiran
de Melo
Irmãos, em
nossa jornada pela senda da Luz, somos constantemente convidados a distinguir
entre o que é aparente e o que é verdadeiro, entre o que reluz e o que ilumina.
Mário Sérgio Cortella, pensador atento aos movimentos da alma humana, nos
propõe uma distinção que ressoa profundamente com os princípios da Maçonaria: a
diferença entre o essencial e o fundamental.
O essencial, para nós, é aquilo que sustenta o espírito: a
busca pela verdade, o cultivo da fraternidade, o compromisso com a justiça e o
aperfeiçoamento moral. São os pilares invisíveis que sustentam o Templo
interior. Sem eles, a construção é vã, por mais sólida que pareça.
O
fundamental, por sua
vez, são os instrumentos que nos permitem alcançar o essencial. Os rituais, os
símbolos, os estudos, os encontros em Loja — tudo isso é fundamental. Mas não
são fins em si. São meios sagrados, sim, mas meios. O esquadro e o compasso não
são a sabedoria, mas apontam para ela.
Essa
distinção é mais do que filosófica — é prática e urgente. Quantas vezes nos
perdemos nos detalhes do ofício, esquecendo o propósito maior? Quantas vezes o
zelo pela forma nos afasta da essência do gesto fraterno? Cortella nos convida
a lembrar: o essencial não pode faltar. O fundamental pode mudar, adaptar-se,
evoluir — desde que continue servindo ao essencial.
Que essa
reflexão nos toque com suavidade, mas também com firmeza. Que ela nos inspire a
olhar para dentro e perguntar: estou construindo meu Templo interior com pedras
essenciais ou apenas acumulando ferramentas?
A Maçonaria
não é um fim — é um caminho. E como todo caminho verdadeiro, ele nos conduz ao
que é essencial: o ser humano em sua plenitude, em sua liberdade, em sua luz.
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