A Responsabilidade do Silêncio
Por Rodrigo
Cabral de Andrade – Mestre Secreto
O maçom sempre tem que ser prudente em suas ações, seja na Loja ou no mundo
profano. O conhecimento adquirido pela vida e dentro do crescimento maçom
deve ser usado com sabedoria de boas ações e quando houver embate ou
infortúnios que gerem conflitos demasiados, usa-se o silêncio necessário neste
momento, deixando que no momento oportuno possa ser falado de maneira coerente
e justa.
A
Maçonaria é uma escola de aprendizado e melhoria pessoal de boas ações que
possam ser sementes a um bem maior, isto é algo interpessoal de cada maçom
possa ter através dos ensinamentos e entendimentos para exemplo de bons
costumes que vai requerer uma vigilância constante de seu ego.
Para que sejamos uma grande família maçom dentro ou fora do templo, devemos ser
coerentes, leais e sempre atentos a ajudar ao irmão como se fosse a si próprio.
Ao entrarmos na Maçonaria não devemos esquecer que sempre somos observados
pelos irmãos maçons por nossa forma de agir seja dentro ou fora do templo.
A
consciência moral autônoma é uma escolha racional que é fiel aos princípios e valores
estabelecidos com a história do mundo. Assim o saber não precisa se exibir e sim,
ser coeso e contributivo para melhoria
de transformar as pessoas para se ter um mundo melhor.
Campina Grande, 12 de setembro de 2025.
Breves considerações
Por Hiran de Melo
O
texto de Rodrigo Cabral de Andrade nos conduz a uma reflexão profunda sobre o
papel do silêncio na vivência maçônica. Embora traga referências indiretas a
Albert Pike e a Kant, é possível perceber que sua essência dialoga com o
pensamento contemporâneo de Kennyo Ismail, que defende uma Maçonaria mais
consciente, prática e voltada para o aperfeiçoamento real do indivíduo.
Silêncio
como maturidade emocional
Para
nós, o verdadeiro progresso maçônico não se mede por graus ou títulos, mas pela
capacidade do irmão de aplicar os ensinamentos em sua vida cotidiana. Nesse
sentido, o silêncio não é apenas uma virtude cerimonial, mas uma demonstração
de maturidade emocional. O texto acerta ao tratar o silêncio como uma escolha
elevada — não como fuga, mas como força. Essa postura está alinhada com a ideia
de que o maçom deve ser um agente de equilíbrio, capaz de conter impulsos e
agir com discernimento.
Maçonaria
como campo de cultivo interior
A
metáfora da Maçonaria como escola de virtudes e campo fértil para o crescimento
pessoal é recorrente nos escritos e discursos dos maçons contemporâneos, onde
frequentemente se destaca que os rituais e símbolos não têm valor por si só,
mas pelo que despertam no coração do iniciado. O texto reforça essa visão ao
mostrar que o silêncio é o tempo necessário para que o conhecimento se
transforme em ação justa. É nesse recolhimento que o maçom deixa de ser apenas
um espectador dos mistérios e passa a ser protagonista de sua própria
lapidação.
Fraternidade
que se vive, não se proclama
É
sempre importante estarmos alertas para os riscos de a Maçonaria se tornar um
palco de vaidades. A fraternidade, para nós, deve ser vivida com autenticidade,
e não proclamada em discursos vazios. O destaque à ajuda silenciosa ao irmão e
à vigilância sobre o ego ressoa com essa preocupação. A verdadeira caridade,
como bem pontuado, não precisa de holofotes — ela se realiza no silêncio, na
presença discreta, no gesto que não espera aplausos.
Consciência
moral como prática diária
O
texto encerra com uma bela reflexão sobre a consciência moral autônoma, que
também valorizamos como pilar do comportamento maçônico. Para nós, não basta
conhecer os princípios — é preciso vivê-los, mesmo quando ninguém está olhando.
O silêncio, nesse contexto, é a escuta ativa da própria consciência. É o espaço
onde o maçom se encontra consigo mesmo, longe das máscaras sociais, e decide
agir com integridade.
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